A Paragem Forum Kugoma, Moçambique, 2011, 8’
Os problemas de transporte em Maputo são uma das maiores dificuldades que, diariamente, a população continua a enfrentar.
As Aventuras de Dom João Orlando Mesquita, Moçambique, 2011, 3’ (3 histórias)
A vida de um cidadão moçambicano que, apesar de deficiente, integra activamente a complexidade social e, como qualquer cidadão comum, é constantemente confrontado com a impunidade e imoralidade que enfermam a sociedade.
De corpo e alma Matthieu Bron, Moçambique, 2010, 60’
Victória tem duas famílias, duas mães: a biológica e a adoptiva (Ângela). Ângela, encontrou Victória no hospital pouco antes da amputação do seu braço. Transmitiu-lhe até a sua morte valores e forças para vencer na vida. Ao longo da narrativa, os retratos de Victória, Vasco e Mariana, portadores de deefciências físicas tornam perceptíveis os desafios físicos e psicológicos quotidianos, tratando a questão da diferença e do consequente engajamento social.
Desobediência Licínio Azevedo, Moçambique, 2002, 90’
Rosa, uma camponesa de Moçambique, é acusada de ter levado o marido ao suicídio. Alguns dizem que está possuída pelo espírito dum homem que a leva a desobedecer ao marido. Durante o funeral aparece uma carta que é lida perante todos. Nela o falecido marido declara as suas últimas vontades: que os seus filhos sejam entregues ao seu irmão gémeo para os afastar da mãe que lhe teria arruinado a vida. R osa vai aos feiticeiros e ao tribunal que comprovam a sua inocência. Mas os sogros, que não querem ver descoberto um segredo da família, já a condenaram a sofrer a mais cruel das vinganças.
Dina Mickey Fonseca, Moçambique, 2010, 22’
Quando Dina, a filha de 14 anos engravida, Faizia compreende que a violência de Remana, seu esposo, atingiu novos limites. Com a mãe hospitalizada depois de uma terrível cena de violência física, Dina convence-a a denunciar Remane à Polícia. No tribunal, Fauzia enfrenta Remane pela última vez.
Ecos do Silêncio Lionel Moulinho, Moçambique, 2010, 52’
É uma visão, sobre o músico Moçambicano João Paulo, nas suas variadas nuances, Intérprete de Soul & Blues de referencia nacional nos anos 60/70. O documentário acompanha um período da vida de João Paulo, partindo de entrevistas com o próprio, nas quais ficou registada a sua visão da vida… Tendo optado por ser um “intelectual à deriva” – ele não tinha espaço para colocar o seu saber. João Paulo é tido como o maior interprete soul em Moçambique de todas gerações.
Espírito-corpo Sophie Kotanyi, Moçambique/Alemanha/Portugal/Holanda, 2002, 92’
O documentário é uma viagem pelo mundo da medicina tradicional usada pela maioria das populações de Moçambique. O filme apresenta a lógica do sistema tradicional de cura através de vários exemplos de tratamentos explicados pelos praticantes.
Eu, Mucavele Patrick Schmitt, Moçambique, 2011, 26’
Estevão Mucavele nasceu em 1938. Ele participou em centenas de exposições colectivas (dentre as quais a Exposição Universal de 1998) e apresentou varias exposições individuais, representando muitas vezes Moçambique alem fronteiras. As imagens e as entrevistas do filme foram realizadas durante cinco semanas em vários lugares (Matola, Maputo, Marracuene..) e permitem descobrir um homem, uma vida, um pintor e um cidadão moçambicano.
Karingana Mário Borgneth, Moçambique, 1985, 28'
"Karingana " é um documentário histórico sobre José Craveirinha, poeta-maior moçambicano (falecido em 2003). O filme mistura entrevistas com o poeta em sua residência na Mafalala e ficciona situações com actores interpretando alguns de seus poemas. Participação, entre outros, de: Calane da Silva, Anabela Adrianopoulos, Orlando Anselmo, Agostinho Luís, Raúl Bhaza-Bhaza, Ana Magaia.
Makwayela Jean Rouch, França/Moçambique, 1977, 10’
Plano sequência de Jean Rouch, filmado em 16mm, em Maputo, na fábrica Vidreira de Moçambique. Testemunho inédito do trabalho do famoso cineasta-etnógrafo, que divulgamos em Moçambique, 30 anos depois.
Marrabentando Karen Boswell, Moçambique, 2004, 52’
Marrabentando é um documentário sobre cinco velhos músicos moçambicanos, estrelas da Marrabenta. Um estilo musical bem popular cuja história remonta aos anos 50 e 60, quando Maputo ainda era Lourenço Marques e se vivia o apogeu cultural do colonialismo. As "Velhas Glórias", como são carinhosamente apelidados pelos seus fãs, vivem ainda na carismática capital moçambicana, fazendo o mesmo desde há cinquenta anos: sobrevivem cantando e tocando canções sobre as alegrias e as tristezas das suas vidas. Seguindo a sua vida profissional e pessoal, ouvindo as suas conversas e as suas canções, Marrabentando revela-nos também a história da capital moçambicana e a vida da sua população na segunda metade do século XX.
Ngwenya , o crocodilo Isabel Noronha, Moçambique, 2007, 90’
Um dia, Xiluwa conheceu Cecília, filha de Malangatana, viu os desenhos e achou que era ele quem poderia traduzir em palavras esse universo sensorial a que ela sabia pertencer mas não podia nomear. E guardou de Malangatana a promessa de a levar um dia a esse lugar mágico onde tudo está inscrito, sem precisar de palavras. Trinta anos depois, partem juntos à procura das chaves para a compreensão de um Universo situado algures entre a Tradição e a Modernidade, viajando entre memórias sensoriais e histórias de infância, medos nocturnos e histórias míticas, lembranças eróticas e o calor da fogueira, histórias de luta e de afirmação de uma Identidade em construção. A cada dia dessa Viagem, a tela revela um pouco mais dos contornos oníricos e das infinitas cores do Palácio Sagrado de Malangatana Ngwenya: ele mesmo.
Night Stop Licínio Azevedo, 2002, Moçambique , 52’
Filme integrado na série "Steps for the future", que compreende 35 obras de cineastas da África Austral (Moçambique, África do Sul, Lesotho, Namíbia, Swazilândia, Zâmbia e Zimbabwe) que abordam a questão do SIDA. O filme foi rodado na Vila de Moatize, província de Tete, e tem como pano de fundo a Pensão Namuli, ponto de paragem de camionistas que se deslocam ao Malawi ou oriundos da Zâmbia e do Zimbabwe. O enfoque são os camionistas e as senhoras e raparigas que visitam "as cabinas" dos camiões durante a noite.
O olhar das estrelas João Ribeiro, 1997, Moçambique, 26’
Betinho, um menino de doze anos, vive com seu tio Salomão. Ele está constantemente à procura de algo para aliviar o tédio. A oportunidade apresenta-se sob a forma da descoberta de um segredo, que seu tio Salomão guarda em uma lata - um segredo que distorceu a realidade de Salomão e limitou sua capacidade para a vida. Saide, um vizinho conhecido por bater em sua mulher, assusta Betinho. Saide também esconde um segredo de toda a comunidade. Os segredos de Saide e Salomão os fazem inimigos, mas na verdade carregam o mesmo fardo. Quem irá redimi-los deseu ciclo interminável de autotortura? Repousará sua redenção sobre a curiosidade do jovem garoto?
O Último Vôo do Flamingo João Ribeiro, Moçambique, 2010, 90’
Tizangara, uma pequena vila perdida no interior de Moçambique, poucos meses depois do fim da Guerra Civil. Cinco misteriosas explosões matam outros tantos soldados da Missão de Paz das Nações Unidas. Provas do crime? Apenas pénis decepados e os emblemáticos capacetes azuis. É este o ponto de partida para uma enigmática investigação conduzida pelo o_cial de serviço designado pelas Nações Unidas, o Tenente-Coronel italiano Massimo Risi. Baseado no romance homónimo de Mia Couto.
O Vento Sopra do Norte José Cardoso, Moçambique, 1985, 100’
“O Vento Sopra do Norte” é um projecto cinematográfico que regista este momento da história de Moçambique. O enredo debruça-se sobre os últimos momentos da ocupação colonial que o autor fixou em 1968. As cenas relatam o progressivo desenvolvimento da guerra de libertação de Moçambique, o sentimento generalizado de descrença, de confusão e pânico que se instalava entre os colonos e o início da fuga generalizada para a metrópole.
Pfunguza Lionel Moulinho, Moçambique, 2011, 25’
Noel Langa nasceu em 1938, vive desde 1974 das artes plásticas e pertence a primeira geração de artistas plásticos de Moçambique. Participou em mais de cem exposições individuais e colectivas, em Moçambique e no estrangeiro, tendo ganho vários prémios. O “Pfunguza e uma arvore frondosa”
Plural: a timbila dos chopi para o mundo TenkaDara,Moçambique/Brasil,2009, 60’
O documentário musical Plural leva-nos ao universo do grupo etno-linguístico Chopi, oriundos da zona Sul de Moçambique. O argumento gira em torno da Timbila, a principal manifestação cultural do povo Chopi, considerado património da humanidade. “Timbila” é o nome dado a todo o complexo cultural formado pela música; dança; teatralidade e literatura oral, presente no conteúdo dos cânticos. O documentário é um passeio pela pluralidade da Timbila e conta com entrevistas de três gerações de músicos Chopis, além do olhar especialista no tema e de admiradores como o escritor moçambicano Mia Couto.
Sonhos Guardados Isabel Noronha, Moçambique, 28’
Quem guarda os sonhos dos que nos permitem sonhar? De onde vêm e quem são estes homens quase invisíveis que, do lado de for a das nossas casas, guardam o sono e nos permitem sonhar? Que sonhos são os que por eles próprios guardam e partilham entre si nas noites de insónia obrigatória, à luz da fogueira, entre o medo, o frio, o silêncio da noite e a vontade de ver mais uma madrugada chegar?
Timbila e Marimba Chopi Aldino Languana, Moçambique, 2010, 52’
Timbila é ao mesmo tempo o nome de um instrumento e o nome da dança que o acompanha. “Que segredos ou que encantos encerra este instrumento que há quatro séculos, do que há notícia, ocupa tantos técnicos e de tantas nações na pesquisa e estudo do seu funcionamento e estrutura?” Este filme pretende responder a esta e outras questões,assim como contribuir para o registo fílmico de todo um processo místico que é a construção do Mbila: a raridade mundial da madeira através do qual se confeccionam as suas teclas, a técnica de vazamento e perfuração da “cabaça da massala” que compõe a sua caixa de ressonância, a cera especial das abelhas que une as massalas ao corpo do instrumento, as afinações acústicas, enfim a tecnologia especial de construção do Mbila desde o Chilanzane (1os. Violinos), passando pelo Sanje (2os. Violinos) e Dohle ou Mbingui (violas), indo até ao Dibhinda (violoncelos), e terminando no Chikhulu (contrabaixos). Porque a fabricação do Mbila não constitui um fim em si, a câmera deixa-se embalar pelo “Msaho”, a musica chope e dança das Timbila, numa miscelânea de sons de tambores, batuques e apitos.